quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cerejas cadentes

Eu via o vermelho-loucura das cerejas
Elas eram cadentes, como as estrelas que caem devagar
Do universo que construí, um céu de cerejas
A lua sempre cheia, o dia sempre noite

Do universo que inventei eu via você colhendo as cerejas
Você as jogava no mar vermelho-sangue, agrura
De dentro desse mundo só existiam três olhares
O meu, o seu e as cerejas refletidas em nossos olhos

Era um mundo tão nosso, tão doce, cheio de vermelhidão
Feche a porta do quarto e venha logo se deitar
Anda, as cerejas estão caindo, venha ver!
Faça um pedido e ficarei por aqui.
Gabriela Martins

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