quinta-feira, 16 de julho de 2009

Crime 1*

Aqui não há vida,
vejo a morte entre a neblina
enquanto faço essa canção.

Aqui não há barulho,
o silêncio cobre tudo
nessa triste construçaõ.

Aqui tem de tudo,
rico e pobre, claro e escuro
negro e branco, filho e irmão.

Por aqui eu caminho,
quando estou triste e sozinho
procurando inspiração.

Aqui há belas frases,
e também várias imagens
tem Elias e o gavião*.

Aqui os filhos choram,
se seuas país foram embora
para outra dimensão.

Aqui ninguém prevalece,
é que quando se morre esquece
do valor deste mundão.

Daqi eu saio calmo,
pois lavei a minha alma
e enchaguei meu coração.

Francisco Muriel
* Crime 1 era o nome dado ao cemitério de Jataizinho
* A imagem que reproduz a passsagem bíblica de Elias sendo alimentado pelo gavião, à beira do Jordão, esta locada no cemitério São Pedro em Londrina-PR.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Réquiem a uma Flor II

Preciso da Luz dos seus olhos verdes
preciso de você para matar a minha sede
preciso de você para guiar meus passos
somente o seu corpo alivia os meus cançasso

preciso de você para fazer canção
frases puras e sincera
que vem do coração

te amo menina, você é meu amor
os seus lábios tem mel
sua boca cheira à flor

e quando estamos juntos
de tudo a gente esquece
você é a coisa mais linda
que o meu mundo enobrece
(Walter Có e Francisco Muriel)

Choro à Amanda

Não sou mais um que chora sua morte
Nao sou, sequer, alguém que a conhecia
De comum, somente ajudara à mesma escola que ela ajudava atualmente
Mas, hoje, paro tudo para chorar por Amanda!

No começo era só mais um caso de violéncia
só mais um - disse à mim mesmo,
Mas aqueles olhos de Amanda, estampado nas capas dos jornais,
Nas camisetas dos pais, das pessoas nas ruas
Me faz parar tudo e chorar por Amanda!

Passei a acompanhar, dia-a-dia, pela mídia
A resolução de misterioso e injusto caso
O choro daquela família aflingira meu coração
O angelo rosto angelo de Amanda me inspirava
Por isso escrevo, para dizer aos seus pais
que muitos, hoje, nessa nossa londrina, param tudo para chorar por Amanda!
Francisco Muriel

Da terra e do Céu

Olhos de disco-voador,
Quero beber da água pura que derramas
Exalar felicidade pelos poros
Servir a ti como me chamas

Olhos de disco-voador,
Quero sorver a paz que tu despejas
Concentrar-me em seu passo, seu ritmo
Saber de ti que me desejas

Esses seus olhos
Fitando outras luas
Quando bem sabes
Que todas são suas

Olhos de disco-voador.



Aline Maria
13/05/2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Do Mundo

Se são todas as coisas, o mundo
Se são todo o mundo, o mesmo
Se todos são mundo, a fundo
E se o mundo persiste, a esmo

Se tudo existe
Se tudo re-cria

O mundo do homem
O homem do mundo
As coisas da vida

Todas as coisas do mundo.


Aline Maria

Cerejas cadentes

Eu via o vermelho-loucura das cerejas
Elas eram cadentes, como as estrelas que caem devagar
Do universo que construí, um céu de cerejas
A lua sempre cheia, o dia sempre noite

Do universo que inventei eu via você colhendo as cerejas
Você as jogava no mar vermelho-sangue, agrura
De dentro desse mundo só existiam três olhares
O meu, o seu e as cerejas refletidas em nossos olhos

Era um mundo tão nosso, tão doce, cheio de vermelhidão
Feche a porta do quarto e venha logo se deitar
Anda, as cerejas estão caindo, venha ver!
Faça um pedido e ficarei por aqui.
Gabriela Martins

Parelha 2004

Sonhando na Sexta
Me lembro de ti
Rolando na cama
Não consigo dormir

E no passado angustiante
As trevas se dissiparam
Que num momento inebriante
Para sempre em nós ficaram

Você sentada ao lado
De mim naquela festa
O cantor levou à ti
E, para mim o que resta?
(Muriel e Júlio César)