Há um sibilo na voz da mulher
Algo que soa como o canto dos pássaros
Ou que se assemelha às cigarras
Pouco antes de sua morte
Há uma alvidez na pele da mulher amada
Que poderia muito bem ser
Inserida na névoa Simbolista
Ou até mesmo ser mote de Cruz e Souza
Há uma perfeição indefinível no linear de seus lábios
Róseos, ora claros, ora rubros
Que ao entreabrir-se para um sorriso
Desfalece-me no íntimo do ser
Há um ritmo único no quadril de toda mulher
Que embalam os sonhos
De muitos homens
E hoje, na era moderna,
Até de muitas mulheres
Há um plicar verdejante nos olhos da mulher que amo
Que como a flecha do deus alado
Transpassa e nos fere para todo o sempre
Mas deixa sempre o bom gosto do amor
Há algo invejável na sua atitude
Na sua segurança insegura
Que ora menina, ora mulher
Nos faz meninos eternos
Pueris, com nossa ingenuidade
Frente ao monumento que se edifica
Ó mulher! És filha dos deuses ou de Deus?
És santa, e santificada seja sempre.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
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