terça-feira, 19 de maio de 2009

Réquiem a uma Flor II

Preciso da Luz dos seus olhos verdes
preciso de você para matar a minha sede
preciso de você para guiar meus passos
somente o seu corpo alivia os meus cançasso

preciso de você para fazer canção
frases puras e sincera
que vem do coração

te amo menina, você é meu amor
os seus lábios tem mel
sua boca cheira à flor

e quando estamos juntos
de tudo a gente esquece
você é a coisa mais linda
que o meu mundo enobrece
(Walter Có e Francisco Muriel)

Choro à Amanda

Não sou mais um que chora sua morte
Nao sou, sequer, alguém que a conhecia
De comum, somente ajudara à mesma escola que ela ajudava atualmente
Mas, hoje, paro tudo para chorar por Amanda!

No começo era só mais um caso de violéncia
só mais um - disse à mim mesmo,
Mas aqueles olhos de Amanda, estampado nas capas dos jornais,
Nas camisetas dos pais, das pessoas nas ruas
Me faz parar tudo e chorar por Amanda!

Passei a acompanhar, dia-a-dia, pela mídia
A resolução de misterioso e injusto caso
O choro daquela família aflingira meu coração
O angelo rosto angelo de Amanda me inspirava
Por isso escrevo, para dizer aos seus pais
que muitos, hoje, nessa nossa londrina, param tudo para chorar por Amanda!
Francisco Muriel

Da terra e do Céu

Olhos de disco-voador,
Quero beber da água pura que derramas
Exalar felicidade pelos poros
Servir a ti como me chamas

Olhos de disco-voador,
Quero sorver a paz que tu despejas
Concentrar-me em seu passo, seu ritmo
Saber de ti que me desejas

Esses seus olhos
Fitando outras luas
Quando bem sabes
Que todas são suas

Olhos de disco-voador.



Aline Maria
13/05/2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Do Mundo

Se são todas as coisas, o mundo
Se são todo o mundo, o mesmo
Se todos são mundo, a fundo
E se o mundo persiste, a esmo

Se tudo existe
Se tudo re-cria

O mundo do homem
O homem do mundo
As coisas da vida

Todas as coisas do mundo.


Aline Maria

Cerejas cadentes

Eu via o vermelho-loucura das cerejas
Elas eram cadentes, como as estrelas que caem devagar
Do universo que construí, um céu de cerejas
A lua sempre cheia, o dia sempre noite

Do universo que inventei eu via você colhendo as cerejas
Você as jogava no mar vermelho-sangue, agrura
De dentro desse mundo só existiam três olhares
O meu, o seu e as cerejas refletidas em nossos olhos

Era um mundo tão nosso, tão doce, cheio de vermelhidão
Feche a porta do quarto e venha logo se deitar
Anda, as cerejas estão caindo, venha ver!
Faça um pedido e ficarei por aqui.
Gabriela Martins

Parelha 2004

Sonhando na Sexta
Me lembro de ti
Rolando na cama
Não consigo dormir

E no passado angustiante
As trevas se dissiparam
Que num momento inebriante
Para sempre em nós ficaram

Você sentada ao lado
De mim naquela festa
O cantor levou à ti
E, para mim o que resta?
(Muriel e Júlio César)

Música 2005

Não quero te dizer meu nome
Quero que não me saiba a idade
Mas, conheço o seu sobrenome
Sei o número da sua identidade

Você só me conhece como aquele
Que aos domingos desfila de preto
No entanto, um dia, serei um daquele
Que deleitará no seu leito

Não importa eu te espero
Basta você descobrir
Que eu te namoro, é sério
E, para os meus braços vir

Passa por mim e não consegue ver
Os nossos filhos brincando
Os seus pais me atormentando
Na casa que poderíamos Ter

Mas quando acordo tu passas
Com seu charme e seus fãs
Minha tarde tornasse manhã
Mas sempre serás a minha caça
Zanna e Muriel

terça-feira, 12 de maio de 2009

A vida diante do morto 08/01/2007

Amo, e esta esperança é a única, a última
Que poderá, fará, levantar desta catacumba
Em que há muito tempo estou enterrado
Inteiro? – não!!! – só até o pescoço
Para poder ver o quanto sobra de mim

Não sobra nada de mim
Não sobra nada de ninguém
Todos estão corrompidos e a pureza
.Toda a pureza, se esconde atrás dos sonhos de criança
Que, há muito, deixamos de sonhar
Não há mais sonho
Só eu, atolado até o pescoço
Vendo a vida bailar

Bailar, já bailei tanto, nem imaginas como bailei
Esses pés, descalços, enterrado
São pés vivos - já não sei se estão –
Que hão de testemunhar o quanto bailei..
Mas já os sinto mortos

Mortos, pois o coração já não bate mais
É um simples pulsar retumbante em meu peito
Sem vida, contudo, ritmado
Um ritmo que faz a vida dançar
E ela dança

Dança comigo, até o pescoço enterrado
Zombando de mim, dança com sua frivolidade
Dos passares dos anos em minha vista
Seu instante máximo de prazer
Baixo meu queixo
Para não ver o dançar da vida.
Francisco Muriel

Sem amor (13/04/2007)

Tenho poesia dentro de mim
Quero libertar-me da poesia
Vomitar, por aí, poesia, nos postes das esquinas
No banheiro limpo dos shopping’s
Sujar o chão, a privada e a porta com minha poesia

Tenho poesia dentro de mim
Que teima em não sair e me engasga
Como numa ressaca, o gosto férreo
Sinto o gosto amargo da poesia em minha boca
Tal qual boldo preso na garganta

Tenho poesia dentro de mim
Quero fazer uma cirurgia
Quero libertar para sempre a poesia
Livrar os pensamentos e angústias
Deixar que vaguem soltos nos campos

Quero livrar-me das poesias
Que dentro de mim estão mortas
Quero colocar dentro de mim outra lírica
Nestas horas que parecem passar tortas
Francisco Muriel

Última Poesia – P/ F (nos primeiros dias da Segunda semana de Março)

Minha Vontade era ir
Ir por aí, pelos portos
Gritar para mim mesmo
Que “mim” está morto
Dizer que a paixão
Foi de mim algoz

Pois juntos do amor
Vieram muitos agregados
Vida e morte
E, muitos outros passados
Tiram de mim coisas belas
Só me deixando rápidos-raros
Momentos de prazer
Virgilius Dantescus

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Avenida Atlântica(30/04/09)

De fundo o Atlântico
Foi assim que me apareceu
Tão linda, toda meiga
Coisas dignas de um Deus

Com seu bequininho de bolinha
Fazendo o símbolo da paz
Fazendo um biquinho
Que até hoje ninguém faz

Com a praia aos seus pés
Contrastando sua beleza
O contraste era tanto
Que se fundiu com a natureza

Fez do mundo uma coisa só
Aquilo que eu sempre quis
Passou depressa, rapidinho
Mas seu passar me fez feliz.
Francisco Muriel

Soneto(in Baladas Lírica) 18*03*2009

Por minhas mãos esculpidas
Pela paixão criada
Por Deus, filha, tida
Dos anjos namorada

Olhos verdes de mel
Um lábio desenhado
Na terra um pedaço de céu
Um ser divino a ser amado

Por essa minha vida te juro
Por mais que isso seja duro
Far-te-ei feliz

Mesmo que vague no escuro
De todos os males me curo
Só por você, mulher que eu fiz;
Francisco Muriel

Mulher

Há um sibilo na voz da mulher
Algo que soa como o canto dos pássaros
Ou que se assemelha às cigarras
Pouco antes de sua morte

Há uma alvidez na pele da mulher amada
Que poderia muito bem ser
Inserida na névoa Simbolista
Ou até mesmo ser mote de Cruz e Souza

Há uma perfeição indefinível no linear de seus lábios
Róseos, ora claros, ora rubros
Que ao entreabrir-se para um sorriso
Desfalece-me no íntimo do ser

Há um ritmo único no quadril de toda mulher
Que embalam os sonhos
De muitos homens
E hoje, na era moderna,
Até de muitas mulheres

Há um plicar verdejante nos olhos da mulher que amo
Que como a flecha do deus alado
Transpassa e nos fere para todo o sempre
Mas deixa sempre o bom gosto do amor

Há algo invejável na sua atitude
Na sua segurança insegura
Que ora menina, ora mulher
Nos faz meninos eternos
Pueris, com nossa ingenuidade
Frente ao monumento que se edifica

Ó mulher! És filha dos deuses ou de Deus?
És santa, e santificada seja sempre.

Inspiração Noturna

Quando o fim da noite chega
E começa a madrugada
Para estes seres noturnos
Resta apenas um aviso: Cuidado

A noite é serena, de luar enluarado
A madrugada é da tristeza, mesmo para os não viciados
A noite é dos amantes e dos namorados
A madrugada é daqueles poucos loucos que procuram por um achado

A noite é do descanso
A madrugada do trabalho
Na noite ficam os mansos
Na madrugada os irados

Os da noite são felizes
Os da madrugada, frustrados
Da noite já fui rei
Da madrugada empregado.
Francisco Muriel

Até o fim 09/11/2006

Na brisa celeste
Que os seus cabelos embalava,
O amor conheci
E, em seus beijos, me embriagava

O tempo que passa
Eu, assim não percebo
O quanto te amo
O quanto te desejo

Mas um dia chega
Infelizmente, te perco.
Pousando em outros braços
Em sonho te vejo

Porém, acordo e te amo
Muito mais ainda
Chorando, à ti chamo
Ó, linda!!! Ó, linda!!!

Por que me deixaste
Tamanha ferida
Nem vendo sugaste
Toda minha vida

Inferno mostraste
Em minha existência
Mas ao céu contigo irei
Para a eterna empreita

Aos anjos digamos
Pagamos o preço
Com a vida pagamos
O eterno deleite

À entrada veremos
Os nossos lugares
E para ele vaguemos
Como pluma nos ares

Na morada eterna
Aos nossos estamos
O meu pai, seus avós
Todos aqueles que amamos

E, à nós a verdade
Deus vai revelando
Você foi-me feita
E, eu sempre amando

Espera 07/01/2007

Espera 07/01/2007
Esse é um com dia para ela vir!!!
Penso eu, na cadeira de área
Chove! Mas as idéias é loucaº
Tece você adentrando: o portão
Não com ânsia, mas com segurança e decisão
Para, e me ouve
Minhas histórias de Sábado, de tardes
De como eu esperei e olhei para esse portão
Da vontade que estava de contigo estar e dizer:
Ontem à noite, enquanto sonhava sonhei com você!!!


Esse é um com dia para ela vir!!!
Agora ela estava aqui!!! Como nas brincadeiras
E na produtiva imaginação das crianças
Agora, você estava ao meu lado contando-me os dias
Seus atos, intrigas e a saudade que sentira
Eu bobo, enfeitiçado por seus olhos, ouvindo
De meus lábios nada consegue sair, a não ser:
Da vontade que estava de contigo estar e dizer:
Ontem à noite, enquanto sonhava sonhei com você!!!

Esse é um com dia para ela vir!!!
Insisto eu, mesmo com dor, em imaginar
A chuva abranda de pouco em pouco
E eu penso na perfeição da natureza
Distribuindo suas gotas devagar e esparsas
Até cessar, quando meu amor vier
E ao chegares te direi:
Da vontade que estava de contigo estar e dizer:
Ontem à noite, enquanto sonhava sonhei com você!!!

º - O autor optou por não utilizar a norma padrão
Francisco Muriel